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Percorrendo as ruas do centro da cidade, descobri um mediador que tinha na sua montra quintas e prédios rústicos à venda. De 7 mil contos a 70 mil contos, havia para todos os gostos e bolsas. Ainda se transaccionava em escudos. Sempre que viajávamos tinha de se fazer o câmbio com a consequente perda de divisas.
Combinei logo ali uma visita mais demorada no dia 25 de Abril.
E aqui começou esta aventura!
Depois de um dia inteiro palmilhando vales e montes, não tínhamos dúvida. A propriedade que queríamos comprar era aquela “quintinha” nos Infantes. O anterior proprietário, construtor, tinha sabido embelezar-nos os sentidos. Os jardins estavam construídos, os muros de pedra acabados, a entrada…
O resto e os problemas vieram depois. O telhado foi refeito três vezes, a água da chuva escorria pelas paredes.
A angústia sempre que chovia, e a dúvida, de se saber onde pôr os alguidares e as toalhas…
Muitas vezes, no Inverno, a meio da noite, acordava sobressaltado e corria como um “louco” por toda a casa apalpando as paredes para ver se havia água!
Ainda hoje me recordo de uma passagem de ano, enquanto os amigos e família estavam todos animados, eu com grande angústia e stress olhando para as múltiplas toalhas e alguidares no chão!
Os anos passaram e o projecto de uma vida foi ganhando cada vez mais consistência…
O Casal da Eira Branca tornou-se realidade!
Agora temos o desafio de “construir” este projecto de alojamento em espaço rural, em conjunto com outros parceiros culturais e de lazer.
Caldas da Rainha/Óbidos, como destino turístico e cultural, podem contar com a nossa disponibilidade para, também, promovermos a Região do Oeste como espaço de excelência.
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